22.4.07

DESMANCHO


Desmancho
Bocados da minha infância em momentos
Guardados em sorrisos
Que me olham – estúpidos
Do outro lado do tempo.
Anos desfocados na memória que trai
A ser fiel,
A mostrar nítidas as sombras da manhã
Que nasce cinzenta.
Desmancho
Estilhaços meus que ficaram em ti
Matéria e espírito em partes iguais
Parte da minha vida que vive em mim
Em restos
Sobras do passado, do que fui.
Ainda sou, aquilo, que hoje
Aqui
Desmancho.

5 comentários:

Anónimo disse...

Quem assim desmancha muito cria!
Sobras do passado? Estou já com saudades do resto futuro - aqui.

Anónimo disse...

Por acaso passei aqui.
Por acaso li.
Definitivamente rendido
Bem hajas MC
Ricardo P.

CC disse...

Um brinde, bem estridente, à poesia.

Abraço.

Anónimo disse...

Desmancho....faz-me lembrar os dois que tive! Aconteceu por qualquer acaso, não sei..
Graças a Deus tu nasceste... e ainda bem pois teria perdido (além de outros atributos) uma talentosa poetisa...
Continua! Adoro os teus poemas!
Já quando eras pequenina e te punhas á janela a olhar para a lua .........

Anónimo disse...

Nunca desmanches a tua infância, pois ela é o começo,é a base é a inocência é a aprendizagem é a "liberdade" e só quando a tiveres compreendido e aceitado é que podes crescer e ter paz.
Nunca mudes, e continua sempre a guardar os bocados da tua infãncia com sorrisos malandros... e continua a escrever!
beijinhos grandes da mana que te adora
Tita